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Morada

by Afonso Cabral

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1.
~~~ 00:47
2.
Morada 05:52
Leva-me a conhecer o teu lugar A casa onde aprendeste a sonhar Mostra-me o que vês Quando imaginas conforto e compreensão Se casa é mãe, cama e um telhado Então casa comigo e vem, que já és mãe também Vamos construir um mundo inteiro a partir de nós os dois Transformar paredes em tradição Criar no chão as raízes da memória E namorar os filhos na morada nova Com retratos nossos na estante da sala Quadros tortos Discos velhos E loiça por lavar Contar as horas que faltam para acordar de novo Todos nós na morada que tanto nos dá 136 à esquerda, 1º andar Transformar paredes em tradição Criar no chão as raízes da memória E namorar os filhos na morada nova Com retratos nossos lá
3.
Sempre Sim 04:14
Subtilmente aparece uma voz Que segreda assim que pode: “Estão reunidas as condições” O pudor desenvergonhado Até pode ser indecoroso Faz me esconder a minha inclinação Acabo a ser um pouco De toda e qualquer forma vã e oca Para agradar a todos Transformo tudo o que sou e quero O corpo nunca merece Levar com tanta carga E ainda pedem sempre um pouco mais Contra mim, dou sempre um sim Seguramente incerto Mal me lembro de ter vontades Acabo a ser um pouco De toda e qualquer forma vã e oca Para agradar a todos Transformo tudo o que sou e quero
4.
Inércia 03:05
Que bem que estou aqui contigo a torrar ao sol Sem uma pinga de suor Condiz comigo a preguiça sem obrigações E a pança cheia aos serões Preocupado com os rumores nos jornais Sobre o plantel da próxima temporada Nada para fazer a não ser horas sem abrir os olhos Desejo ser rapaz correcto e cumpridor Alguém exemplo de valor Mas este mar que me convida para mergulhar Não deixa um homem trabalhar Profissional eterno a procrastinar Mas quem me salva e me arranca do buraco Nada a fazer se passar horas sem abrir os olhos
5.
Fogo Manso 02:22
Torna a ser Como o descanso que desejo Quando volto Quando volto a casa Fogo manso Que me aquece como aquece o sol A entrar pela janela adentro Porque a solidão, paciente, Espera por nós Escondida no frio da nossa indiferença, Da falsa certeza E este abrigo só nos tem se lhe dermos respeito
6.
Sussurro 05:52
Tempo de falarmos Das noites sem ter paz Do feitio que desponta E insiste em dizer não A sorte é termos uma voz De calma e de cuidado Não vai nascer um mar de dó À nossa conta Nem sempre perdoar é ter razão É voltar a um abraço Deixar de ser feroz Na valsa de um sonho Que cai e volta à verdade A sorte é termos uma voz Que teima em chamar Nem sempre ter razão É a melhor saída Tende a ser solitário E uma voz insiste em sussurrar Vou estar ao teu lado E nada faltará
7.
Cada dia torna um pouco maior O engenho em cada teu pormenor Cada passo a tentar desembrulhar tudo o que vê E basta ver como ris Para te querer dar o melhor Só pela vontade de perceber A forma mais justa de te deixar crescer Perdi a noção de tanta coisa Cada dia torna um pouco maior A diferença entre fazer e ficar Entre as palavras e os actos Mudar Manter a calma Não temer ser vulnerável Mais bondade do que inveja Não dizer mal de ninguém Vou tentado não cair no engano De ensinar aquilo que não respeito Dar o exemplo sem mudar o caminho Voltar a tentar Sem olhar para trás Chegar a tempo e horas Cada perda funciona para querer um pouco mais Quando tira o sono torna tudo turvo E quando o mundo te pisar até bateres no fundo Podes ter um abrigo até numa canção Cada perda funciona para desejar Que o tempo pare e perdoe sem tentar julgar Segue tudo o que é melhor para ti
8.
Perto 03:30
Vi uma voz tão magra e seca Um tom veloz, eternamente teu Ouvi as tuas mãos pousadas na mesa Um silêncio que solta “eu estou tão bem aqui” Já nem preciso estar tão perto assim para te ver Toquei no teu olhar sempre a espreitar o tormento Pesado e invulgar, tão cauteloso e ternurento Provei as tuas palavras indecisas noite fora Já nem preciso estar tão perto assim para te ver
9.
Contramão 07:34
Levei tempo a decorar Cada curva, cada nó Do caminho que me fez Ir um pouco mais além E não voltei a esquecer Foram dias sem te ouvir Sem canções a repetir Eu conto voltar Quero ter o teu pudor Quantas vezes é que foram Sem ter a razão a comandar Corpo mole até descontrolar só Ah, o delírio a ser mais forte A mandar em contramão A roubar quase tudo o que encontra Com fome de compreensão Fica tudo a minha volta A anoitecer de dia A dormir, a correr A nascer de novo Sem ver um pouco mais ao longe foi assim Deixar a roupa pelo chão Enquanto a escuridão ficar Enquanto mandar, não vai mudar Não volto a tomar o rumo certo
10.
Chegas-te ao meu lado E foges num segundo Como um verso passageiro Que não volta à canção Conto à minha volta Sombras no chão E uma vontade nasceu Quero ser a tua companhia E como na canção Não quero estrofes soltas Dá-me o teu braço Troca-me as voltas Vem e sê o meu amor Solta os teus medos Dá-me razão E deixa de ser um verso só E passa a ser refrão

credits

released July 5, 2019

Afonso Cabral: Voz, Guitarra, Teclados, Programação, Percussão
António Vasconcelos Dias: Voz, Teclados, Guitarra, Percussão
João Correia: Bateria
David Santos: Baixo
Pedro Branco: Guitarra Eléctrica
Inês Sousa: Voz
Margarida Campelo: Voz
Tiago Rosa: Violoncelo
Bruno Miguel Castro Silva: Viola
Francisco Ramos: Violino
Fernando Sá: Violino
Eduardo Lála: Trombone
Nuno Cunha: Trompa
Luís Cunha: Trompete
Diogo Duque: Trompete no tema Contramão
Manuel Pinheiro: Congas no tema Entre as Palavras e os Actos
Tiago de Sousa: Guitarra Acústica no tema Sempre Sim

Música e Letra: Afonso Cabral
Produção: António Vasconcelos Dias
Arranjos: Afonso Cabral
Captação: António Vasconcelos Dias, Manuel Pinheiro, Tiago de Sousa
Mistura: Tiago de Sousa
Assistente na Mistura: Vasco Lopes
Masterização: Alan Douches, no West West Side Music
Gravado no15A, Xabregas

Fotografia: Vera Marmelo
Design: Pedro Gaspar

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Afonso Cabral Lisbon, Portugal

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